E quando as luzes se apagam?
O que fazer? Para onde ir? A quem recorrer?
E quando as luzes se apagam?
Há desespero? Faltam as esperanças? O medo aparece?
E quando as luzes se apagam?
Somos quem demonstramos a outros? Estamos indo na direção que desejamos?
Fazemos aquilo que não podemos fazer às claras?
E quando as luzes se apagam?
Temos medo de que o escuro traga o tempo necessário para enxergamos nossa
verdadeira “face”? Queremos rapidamente voltar aos holofotes e nos embriagarmos
de emoções vis? Percebemos que o centro das atenções é o lugar onde a falta de
luzes não permite estar?
E quando as luzes se apagam?
A vergonha de considerar-se incapaz diminui? A vontade de desistir da vida
aumenta? A vontade de falar aquilo que de mais profundo há no nosso coração
aparece em furiosa sinceridade?
E quando as luzes se apagam?
Compreendo que sou aceito e me sinto humilhado pelo brilho da graça dAquele que
me encontrou? Alcanço o entendimento de que minha reles justiça retributiva
sempre será falha? Entendo que a única forma de ser humano de verdade
é apagando as luzes?
E quando as luzes se apagam?
Aos poucos vou percebendo que já não me importam mais as luzes.
I Co. 11:28 (a) “Examine-se,
pois, o homem a si mesmo...”
Sinval Guerra
Sinval Guerra
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