segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A glória do cair




Muita coisa tem mudado em minha vida nos últimos dias, e tenho pensado bastante no “deserto” como uma coisa muito boa na vida de qualquer pessoa, é lógico que não estou dizendo que ninguém gosta de estar ou passar pelo “deserto”, mas se pensarmos direitinho foi no deserto onde Deus realizou os maiores milagres já vistos, ou alguém não considera uma coluna de fogo durante a noite e uma nuvem durante o dia uma grande coisa? Alguém não considera o maná que caia do céu, as codornas que Deus enviava ao seu povo ou até mesmo água que saía de rochas uma grande coisa?

Tenho enxergado o deserto como a curva de subida no “gráfico” da nossa vida espiritual. “– Tá louco, filho?”. Já ouvi isso (rsrs)! A verdade é que nós desenvolvemos forçadamente uma sensibilidade inata ao entrar no deserto, ou ao cair e pecarmos com uma coisa que achávamos que nunca iria acontecer, não conosco!

Vou explicar melhor, sendo bastante simples desta vez: os piores momentos e as piores fases são onde mais buscamos a Deus e desenvolvemos uma relação de mais intimidade e sensibilidade ao Espírito Santo, e aí chegamos ao título do texto, conhecemos a glória do cair!

Mas que glória há em cair? Aparentemente nenhuma! Não há glória em cair quando não se levanta. Lembro que certa vez eu li em algum lugar: “Hoje eu acordei perguntando a Deus o por que de ter tantos defeitos, e Deus me respondeu que se eu não tivesse defeitos seria auto-suficiente”, é aí que reside a glória do cair!

O cair se converte em glória quando nossos defeitos são moldados por Aquele quem nos criou. O cair se converte em sensibilidade quando buscamos a Deus incessantemente para nos aperfeiçoarmos. O cair se converte em maturidade quando dele tiramos boas lições. O cair se converte em experiências a serem compartilhadas para que outros não precisem cair também.

Então percebemos que de glória em glória somos transformados pelo Espírito do Senhor (2 Coríntios 3.18), pois o Seu poder se aperfeiçoa na minha fraqueza (2 Coríntios 12. 9) e a glória do cair reside no arrependimento e na dependência de Deus.

Não quero contudo ser radical e dizer que cair é necessário para que todas estas coisas aconteçam, mas o fato é que é inevitável durante a caminhada, pois cair é um ACIDENTE DE PERCURSO, não deve NUNCA ser uma ESCOLHA! Mas ainda quando é uma escolha, Deus se compadece de nós e tem misericórdia, pois as suas misericórdias se renovam a cada dia (Lamentações 3: 21-22)



Portanto a dica é que saibamos lidar com as quedas para tirar boas lições e nos tornarmos mais sensíveis, arrependidos e dependentes de Deus ao invés de ficarmos nos martirizando por isso ou aquilo que cometemos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Amizades




           A amizade verdadeira continua sendo um dos bens mais preciosos a serem cultivados! Mais valiosa que muitas riquezas, mais valiosa que muitos momentos, mais valiosa do que quase tudo que se possa imaginar. Sei que existem milhares de textos e poesias que falam a respeito da amizade, e muito provavelmente nada que eu expresse seja novidade, reconheço minhas limitações, no entanto escrevo porque não posso deixar de expressar os sentimentos que possuo a respeito deste assunto por acreditar que possuo os melhores amigos que alguém poderia ter!
            Cultivar uma amizade é chorar com quem chora, se alegrar com quem canta, fazer poesia dos momentos mais bizarros já vividos. É a intimidade de adentrar no âmago da convivência sem deixar com que os defeitos do outro superem suas qualidades. É descobrir os pensamentos através de um simples olhar. É conversar telepaticamente. É construir uma ponte que nos leva ao universo alheio. É rir das manias, estranhices, mimações, e até mesmo das situações embaraçosas. É abraçar quando o mundo parece desabar e deixar que saibam que mesmo que o mundo desabe, o peso será divido em partes iguais. É ir na padaria comprar o pão juntos só para passar um momento a mais, fazer vitamina de banana.
            Ser amigo de verdade é suportar os ventos fortes que balançam o barco dos relacionamentos, é saber que ninguém é tão perfeito que não possa decepcionar as pessoas ao redor. É possuir expectativas, não tantas quanto não se possa corresponder nem tão poucas a ponto de não acreditar nas grandes “ambições” que precisamos sonhar juntos para ajudarmos no alicerce das grandes realizações, o alicerce chamado: suporte.
            Talvez por este motivo o apóstolo Paulo tenha escrito: “com toda humildade e mansidão, e com paciência, suportai-vos uns aos outros no amor” (Ef. 4;1). Este trecho infelizmente é interpretado de uma forma tremendamente distorcida, muitos acham que o “suportar” nesta passagem significa “aturar, tolerar”, e analisando a fundo é muito conveniente, apesar de não ser tão fácil, pois quando toleramos simplesmente ouvimos e somos simpáticos ao invés de sermos empáticos. A verdade é que este versículo se refere ao significado: “ato de dar suporte”, ou seja, numa linguagem mais simples: “com toda humildade e mansidão, e com paciência, ofereçam suporte uns aos outros”. Com este significado o versículo não parece um tanto diferente? Este é o nosso dever básico! Ser suporte para quem necessita.
            Portanto vou ficando por aqui, sem mais delongas, homenageando a todas as pessoas que eu amo e que representam muito mais do que o melhor filósofo ou poeta de todos tempos (exceto “O” grande Filósofo e Poeta) poderia dizer. Amo vocês, meus queridos tesouros.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um desabafo



Ultimamente tenho andado à flor da pele com toda a correria e problemas referentes a formatura, último semestre, monografia e coisas do tipo... por isso vim aqui desabafar bem rapidinho! Faz muito tempo desde que eu não paro pra postar nada no blog e já que meus leitores não são muitos, não há problemas em compartilhar minha angústia neste espaço singelo particular.

Tenho percebido que chega um momento na vida onde tudo desmorona e você já não sabe quem é ou o que quer e tudo que você consegue enxergar é uma cortina preta em sua frente, te impedindo de ver o amanhã. O medo do futuro começa a consumir seu interior, às vezes nem é medo, é ansiedade, ou um misto dos dois, dá uma vontade de simplesmente desaparecer. Sabem aquela velha pergunta: "como serei no futuro?"... E se esse futuro está às portas, imaginem então como as coisas se complicam ainda mais? Acho que não sou o único a passar por um momento destes, eventualmente todos se deparam com situações do tipo como a mudança de uma cidade para outra (ou de um país, rsrs), o que escolher no vestibular, qual decisão tomar em relação ao trabalho dos sonhos que agora se tem a oportunidade de conseguir com suas devidas renúncias.

Pronto! Acho que essa é a palavra: renúncia! O medo vem da renúncia, renúncia do comodismo, do que já é seguro, renúncia da certeza. "Como assim? Renúncia da certeza?" Isso! É muito fácil darmos o próximo passo sabendo onde estamos pisando, conhecendo o terreno, mas quando o terreno é totalmente desconhecido é completamente diferente!

-Mas Sinval - o meu eu procupado me pergunta, sem exergar absolutamente nada da providência do Deus que nunca deixou faltar nada - o futuro está aí, quem seremos? Correremos atrás do nosso sonho ou da nossa carreira? - o coitado as vezes não consegue ligar os 2 pontos - E se... E se... E se...
Dá uma vontade de responder: "CALA BOCA, SINVAL!!" kkkkk, mas infelizmente ele não se cala! Alguém se identifica com esta situação? levante a mão (\o/) kkkk

Quando estou no ápice destas crises Deus me leva a lembrar de uma promessa que quero compartilhar com você, independente de estar passando por um momento parecido ou não: "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." (João 3:8)

Aí a calma parece retornar nesta infinita batalha onde me confronto todos os dias, a única coisa que espero é não perder a sensibilidade em meio à correria dos estudos e do trabalho, ou até mesmo que os meus sonhos não ofusquem os sonhos de Deus em minha vida, que o egocentrismo não encontre espaço para se alojar em meu coração pois Cristo vive em mim e Ele também prometeu: "Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo." (João 16:33)

Portanto, finalizo dizendo Cristo vence o mundo através da minha vida se eu deixar Ele trabalhar da forma como Ele deseja. Pois Cristo em mim é esperança da Glória, ainda que muitas vezes eu esqueça, e precise escrever para eu mesmo lembrar, refletir, entender, viver.