domingo, 6 de maio de 2012

Menina Poesia




Era uma vez uma poesia. Tão simples quanto se possa imaginar. Não dada a todos, na verdade, restrita somente aos que sabiam desfrutar de seu profundo encanto. Não explícita em tudo, porém aberta ao entendimento de quem se fazia inclinado a entendê-la. Não criada para se fazer entendida, mas direcionada a quem tem disposição para senti-la. Sem compromisso com a gramática e não menos bela por isso.

Era uma vez uma menina. Tão diferente quanto se podia imaginar. Não agradava a todos, como também não se faz necessário. Não totalmente explícita em seus sentimentos e palavras, porém muito singular em seu pensar. Não criada para ser o que quisesse, antes, encomendada por um propósito detalhadamente arquitetado pelo Grande Criador. Sem falta de complicações, como toda menina que se preze.

Era uma vez a poesia que se apaixonou pela menina. Era uma vez a menina que se apaixonou pela poesia. E brincavam juntas madrugadas a fora. Eram tão parecidas que se podia confundi-las. Era uma vez a menina que pensou que já não mais era, enganada pelo caminho, mas sempre será a Menina Poesia.