sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Me perdoe, minha flor

  


Chegou como uma brisa e logo me encantou
E destrancou os cadeados como um sorrateiro ladrão
E adentrou a casa com seus pés de plumas sem fazer barulho

Você era uma linda semente
Minha flor, te plantei carinhosamente
E esperei ansioso o seu tempo, e esperei... e esperei...
E você não crescia do jeito como deveria

Me perdoe, minha flor
Se a terra em que te plantei não era tão fértil
Me perdoe, minha flor
Se as medidas de água não eram suficientes
Me perdoe, minha flor
Se a quantidade de luz não te permitia respirar
Me perdoe, minha flor
Pelas tentativas de poesias sobre ti, que não pude terminar

Desejei com todas as minhas forças ver você desabrochar
Como uma linda serenata feita de tons melódicos mesclados
Em suas pétalas de cores mil

Mas por fim
Me perdoe, minha flor
Preciso te arrancar do meu jardim
E procurar outra rosa que aprenda a viver
Nas condições do meu terreno
Não posso deixar meu jardim sem a flor central

Espero que tua semente cresça saudável em algum lugar
E floresça perto de quem será embebido pela tua beleza
Mas me perdoe, minha flor
Por não ser este, o meu lar

Sinval Guerra

6 comentários:

  1. ' Que linda Poesia..cheia de sentimentos e encantos.
    Uma melancolia que alcança.

    Muito bom, Sinvas.
    :D

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  2. Linda Linda Lindaa ...
    muito booom Sinvaal *-*

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  3. Poxa!
    Muito linda, sinvas!
    me surpreendeu!

    =D

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  4. Inspiradíssimo, muito lindo!

    Amei seu blog e te sigo ;))

    Bjss - Kell

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  5. Belo poema Sinval, estarei te seguindo.
    Acabei lembrando da música de Maria Gadú que diz:

    A Flor que vem me lembrar
    A Flor que é quase igual
    A Flor que muito pensa
    A Flor que fecha o Sol
    (...)
    Bjs

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