Espaço é mutável
E se a fórmula da velocidade é
Espaço/Tempo
Prefiro aprender com a canção:
♪“Ando devagar porque já
tive pressa”♪
Definir o subjetivo com objetividades é
perfumaria
Cheira bem, mas logo passa
Não chega perto da descoberta da essência
E no compasso despassado da vida
Que segue em notas dissonantes
A gente aprende que pessoas são mundos inteiros
Construídos em histórias,
gostosuras e travessuras
Não podem ser resumidas
Nunca inteiramente conhecidas nem por si próprias
Por quê, então, o desejo de tornar-se hoje
O que só o amanhã trará?
Talvez uma expectativa bonita do melhor que se pode ser
Me deparo com estes versos sem rimas
Tentando não envaidecer-me com estruturas
proselitistas
De poeta, apenas a admiração pela vida
Com o necessário pra dizer
De forma simples, a única que eu sei fazer
O que só você poderia entender.